por George Orwell
"1984: O Manual Definitivo para Quem Acha Que 'O Governo Está Me Espionando' É Teoria da Consolação"

Em 1949, George Orwell olhou pro futuro, teve um dejà vu apocalíptico e decidiu escrever um livro tão assustador que faria até o Black Mirror parecer um episódio de Chaves. Assim nasceu 1984, a distopia que prova que o ser humano não precisa de aliens para destruir a humanidade – a gente mesmo dá conta do recado, e com direito a burocracia e doublethink.

Nessa Londres futurista (que, convenhamos, já era deprê mesmo antes do Big Brother), Winston Smith é o herói improvável: um cara que trabalha reescrevendo a história (tipo um fake news oficial) e sonha em fazer algo radicalmente perigoso: ter um pensamento original. Mas, num mundo onde "Guerra é Paz", "Liberdade é Escravidão" e o Tinder seria controlado pelo Partido (com direito a match obrigatório com o Grande Irmão), rebelião é pedir pra acabar num reality show de tortura.

E o pior? 70 anos depois, a gente lê e pensa: "Peraí, isso aqui não era ficção, era um manual não tão disfarçado?" Entre fake news, vigilância extrema e aquele seu primo que defende o governo não importa o que aconteça, 1984 deixou de ser alerta e virou um "tá vendo? eu avisei" literário.

Se você gosta de livros que te deixam paranoico, revoltado e levemente tentado a apagar todas as suas redes sociais, esse é o clássico perfeito. Depois de ler, você nunca mais vai olhar para uma câmera de segurança, um anúncio direcionado ou um discurso político da mesma forma.

Em suma, 1984 é como aquele amigo que só fala merda, mas no fim tá sempre certo. Uma obra-prima para quem gosta de distopias, críticas sociais e aquele frio na espinha ao perceber que "O Grande Irmão" não é só um programa de TV – às vezes, ele é seu chefe, seu algoritmo ou aquele aplicativo que ouve suas conversas e, do nada, te recomenda um sapato que você só mencionou uma vez, em 2017. Big Brother is watching… e provavelmente já viu seu histórico de navegação. 😱
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